Escolher um prestador de serviços nem sempre foi uma tarefa fácil – quem já não teve alguma dificuldade em encontrar um pedreiro, dentista, eletricista ou não consegue pensar em ficar sem o médico da família? Quando se trata de mecânico não é muito diferente. Na verdade, quanto menos entendemos do assunto maior é a insegurança, e a falta de conhecimento costuma gerar dúvidas e desconfianças. Veja algumas que ajudarão a encontrar o seu "mecânico da família".
Organização é fundamental
Entrar em uma oficina e se surpreender com ferramentas organizadas, limpeza, capas de banco e para-lamas, local específico para a sucata e tambores para coleta de óleo queimado: é tudo de bom.
Não são necessários exageros como mecânicos com uniformes brancos, basta que os uniformes estejam limpos. Estes profissionais devem estar focados no diagnóstico e na execução dos serviços: se alguém falar para você que mecânico tem que estar impecável, esqueça; esse sujeito nunca trabalhou em uma oficina.
Verifique também se há algum espaço diferenciado, um local muito limpo e bem iluminado para execução de serviços mais melindrosos como desmontagem de um câmbio ou análise de um circuito eletrônico.
Histórico de manutenção
É fundamental ter o histórico dos serviços realizados em cada carro. A oficina que possui o controle sobre as manutenções, assim como um médico mantém um prontuário do paciente, saberá rapidamente dizer do que seu carro precisa, além de evitar gastos desnecessários. Ela terá condições de alertá-lo sobre as necessidades futuras de manutenção, como por exemplo, avisá-lo sobre a hora da troca de óleo ou substituição de uma correia dentada.
Não fique trocando de mecânico sem grandes motivos: é como ir toda vez a um médico diferente, ele vai pedir um monte de exames novamente.
Mostre o defeito
Em uma boa oficina, quando o cliente reclama de algum barulho, imediatamente alguém deve dar uma volta com o cliente para que este mostre exatamente qual é o barulho e em que situação ele se apresenta (correndo, parado, subindo, virando...).
Tem oficinas em que o mecânico fala: "Deixa aí que depois eu vejo". Isto é muito ruim. O mecânico tem que identificar exatamente do que o cliente reclama e, depois que efetuar os reparos, ele deve andar com o carro novamente, criando a mesma situação para ter a certeza de que o problema foi resolvido.
Por outro lado, tem motorista que é preguiçoso: quer largar o carro na oficina e o mecânico que se vire... depois não vai reclamar que o barulho continua.
Crie uma relação transparente
Se você quer honestidade, seja honesto. Muitos motoristas dão sinais de desconfiança do mecânico assim que põem o pé na oficina. Frases como "Dê só uma olhada, pois vou vender o carro", "Estou sem dinheiro", "O problema é limpeza dos bicos", entre outras, não demonstram confiança no trabalho do profissional.
Não pré-julgue: maus profissionais existem em todos os segmentos. Demonstre confiança no conhecimento dele e, depois que o orçamento estiver pronto, solicite as explicações necessárias. O mecânico percebe quando o cliente possui conhecimento e quer colaborar para resolver o problema, diferente do sujeito que apenas quer mostrar conhecimento.
Ser especializado é ter a ferramenta certa
Se uma pessoa monta uma oficina especializada em determinada marca de carro, quer dizer que ele tem um compromisso com a qualidade dos serviços que pretende prestar. Se ele é careiro ou desonesto eu não sei, porém, há grandes chances de executar um bom serviço. Investigue se ele possui scanner (aparelho de diagnóstico) apropriado para seu carro: ter as ferramentas certas é meio caminho para um serviço de qualidade.
Fonte: AutoEsporte