Reconhecida como uma das marcas mais ligadas ao off-road do planeta — ao lado da americana Jeep —, a Land Rover nasceu da necessidade de Maurice Wilks, diretor técnico da Rover (fabricante britânica de automóveis extinta em 2005), que buscava um veículo versátil, capaz de atuar como um todo-terreno e um trator leve em sua fazenda, no País de Gales.
Segundo a lenda, Wilks desenhou o primeiro esboço em uma praia e batizou o projeto de Land (terra, em inglês) Rover. Em seguida, mostrou-o ao seu irmão Spencer, conselheiro na mesma fabricante.
Essa história ocorreu em 1947 e no mesmo ano surgiu o primeiro protótipo da marca, que era claramente baseado no Jeep Willys americano. Os irmãos Wilks, porém, optaram por construir o modelo em alumínio, já que havia uma grande escassez de aço no Reino Unido naquela época pós-Segunda Guerra Mundial. Além disso, o alumínio permitiria que o veículo não só fosse bastante leve, como também muito resistente à corrosão.
Assim, o Série I foi lançado em 1948 como um veículo de trabalho com preço atraente (para a época). Mesmo assim, somou apenas 1 758 unidades vendidas em seu primeiro ano. Em compensação, no segundo atingiu 12 395 veículos e em 1950 teve 16 795 carros comercializados.
O sucesso foi tão grande que até o exército britânico decidiu adquirir os valentes modelos Land Rover. Em 1958, surgiu o Série II, que deu lugar, em 1970, ao Série III. Desde 1990, porém, o modelo ganhou um nome: Defender, com o qual tornou-se, definitivamente, um ícone.
Mas a história da marca não foi escrita apenas com o versátil Defender. Do outro lado, o Range Rover — lançado em 1970 — também possui um papel importante na trajetória da fabricante e se tornou um mito por seu pioneirismo ao conciliar luxo e conforto com uma capacidade off-road que muitos SUVs não possuem, especialmente em sua versão mais recente.
Apesar da fama e das conhecidas capacidades de seus veículos, a Land Rover passou por momentos difíceis com relação à situação financeira. Assim, não causou surpresa quando o grupo BMW adquiriu o controle da fabricante, em 1994. Seis anos depois, os alemães revenderam a empresa para a Ford, que investiu pesado na época para criar um núcleo de marcas premium (composto ainda por Aston Martin, Jaguar, Lincoln e Volvo). As coisas, porém, não iam bem.
Sem conseguir a rentabilidade imaginada, a Ford vende a Land Rover e a Jaguar para a gigante indiana Tata Motors. O portfólio, então, já contava com uma linha ampla de produtos. Mas foi com o Evoque, em 2011, que a Land Rover voltou a brilhar no mundo dos carros.
Fonte: Carro Online
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